domingo, 6 de dezembro de 2009

Quando de nada importa o mundo...


Quando todo mundo disser que devo mandá-la embora, não darei ouvidos. As portas desde sempre deixei abertas e você saberá o caminho de volta se quiser ir e voltar ou apenas ir. Pouco ligo para o alheio sendo que você é a única estrela desse meu universo escuro e sem vida. Pouco importa se há outras galáxias quando tudo que há de belo reside em seus olhos flamejantes, em seus lábios de big-bang, em seu corpo de infinito...

Quando tudo se tornar velho te apertarei firme em meus braços e essa velha firmeza tornará tudo presente novamente. Nem novo, nem velho, apenas presente novamente; doloroso e absoluto presente, assim como a própria vida que já passou.
Quando você se sentir confusa serei eu a exclamação que nem sempre te dará respostas, mas muitas vezes te dará dúvidas, mais dores, mais prazeres e alegrias e tristezas e não me importarei quando o mundo te impulsionar para o lado de fora da porta que está aberta. Não importa qual seja minha posição no mundo, a estrela sempre brilhará no mesmo ponto e sempre será visível do mesmo modo.

Quando duvidarem de meus sentimentos, quando eu duvidar de meus sentimentos, darei autonomia ao meu coração que falará em silêncio, e quando as veias começarem a fraquejar e o sangue correr mais lento, te levarei a minha alma e lá continuarei te nutrindo. Até mesmo quando a vida que lhe dou se transformar em morte por causa das chagas dos pesares e incertezas, haverá inúmeros pedaços de sua luminosidade em algum lugar do que restar de mim.

Assim ouso afirmar sua imortalidade. Que não importa o nada nem o tudo, e que estás para além de idealizações pois mesmo sendo como um sonho personificado, morrendo todo o sonho, você continuará existindo como única e mais bela estrela que já houve em meu céu negro. Seu brilho em mim é real e tem aroma de esperança... "como se viver valesse a pena"... e nada pode apagá-lo... Nem sua ausência falsa, nem mesmo a morte...
A luz quando forte demais perdura para sempre, assim como as sombras dos pequenos astros que vemos, assim como você de mil formas, humanas e divinas, reluzindo em minha vida tão frágil e perecível e real, e em meus sonhos tão firmes, tão eternos e tão... “sonhos” apenas; entre o sonho e a verdade você é o sonho e a verdade. Nada mais que isso.

1 comentários:

Anônimo disse...

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